Desperdício na saúde

     Oi gente! Conforme apurado por uma notícia publicada no jornal “O Estado de São Paulo” (também conhecido como Estadão), um levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) aponta que “as operadoras de saúde no Brasil gastaram em 2016 cerca de 20 bilhões de reais em 2016 em procedimentos desnecessários ou fraudulentos. O prejuízo representa 15% das despesas assistenciais no País. Desses, R$ 11 bilhões foram em contas hospitalares e R$ 9 bilhões em exames.” Segundo o diretor da Associação Brasileira de Planos de Saúde Pedro Ramos, “há um desperdício tanto na rede pública quanto na privada. As causas são muitas: má gestão, a ‘indústria’ da liminar, a falta de confiança nos agentes da saúde”.

    O problema das fraudes revelou a chamada “Máfia das Próteses, esquema em que médicos e hospitais recebiam comissões de fabricantes de dispositivos médicos para usar produtos de determinadas marcas nas cirurgias dos pacientes. Até operações desnecessárias foram feitas”. Isso indica que, para além de vários problemas estruturais da saúde no Brasil como um todo, há casos em que dinheiro é desperdiçado para favorecer algumas pessoas em detrimento de outras. Estas passam por procedimentos desnecessários ou até mesmo esperam muito para realizá-lo.

    Foi com o objetivo de evitar procedimentos desnecessários que o médico Edmond Barras decidiu dar início a um projeto-piloto no Hospital beneficência Portuguesa. Casos de pacientes com indicação de cirurgia na coluna no hospital são apresentados em reuniões semanais com diversos cirurgiões para estabelecer se há ou não necessidade de se fazer o procedimento. Conforme ele mesmo disse na notícia, “existe uma superindicação dessa cirurgia, não só aqui mas também fora do Brasil. Cerca de 60% dos procedimentos são desnecessários”. Além disso, o médico pensa em fazer um projeto de segunda opinião, onde qualquer um com indicação de cirurgia na coluna poderia pedir uma consulta no hospital, gratuitamente.

Fonte: O Estado de S. Paulo – 17/08/2017 – Por Luiz Fernando Toledo

-Rodrigo